Sociologia

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Émile Durkheim

Próximas provas  de Sociologia: 15/5 e 16/6. Na de 15/5 cairá:

Tópicos:

Introdução: Émile Durkheim é considerado o primeiro sociólogo e define o objeto e o método da Sociologia. Prossegue o positivismo de Comte, com as ideias de harmonia e ordem na sociedade. Assistiu a uma série de acontecimentos muito importantes durante sua vida. Nasceu na Alsácia-Lorena, região conturbada desde o séc. XVII, que passou de mão em mão entre França e Alemanha diversas vezes até o fim da segunda guerra mundial; assistiu à fundação da Comuna de Paris, à proclamação da terceira república, à primeira guerra mundial, evento no qual perdeu muitos alunos e o filho; à proibição do ensino religioso nas escolas, às crises do capitalismo, conflitos entre patrões e empregados, criação da confederação geral das greves, com aspecto não apenas político mas também econômico); ao surgimento do automóvel e do avião, das rotativas de impressão, que proporcionaram grande facilitação da leitura e à exposição universal da Torre Eiffel e à inauguração do metrô de Paris.

Principais obras de Durkheim:

Durkheim afirma que os indivíduos, na verdade, praticam adoração à sociedade e não têm consciência disso. Enquanto houver sociedade, haverá religião.

Objeto e método da Sociologia: Durkheim define o fato social como objeto de estudo da Sociologia. A Sociologia, então, é o estudo dos fatos sociais; a ciência das instituições, sua gênese e seu funcionamento.

Conceito de fato social: maneiras de pensar, agir e sentir exteriores ao indivíduo, que exercem coerção sobre ele e são gerais numa determinada sociedade.

Características dos fatos sociais:

  1. Exterioridade: existem fora das consciências individuais, independem da vontade do indivíduo, ou de sua manifestação em um indivíduo em particular. Precisam ser interiorizados. Existem independente da morte de qualquer indivíduo em particular.
  2. Coercitividade: exerce uma autoridade moral sobre os indivíduos, que a sentem sempre que tentam ir contra uma convenção, violar uma norma, etc. Nós fomos socializados para aceitar essa forma de pensar e agir. Basta ir contra ela e coerção se manifestará, através das sanções, sejam elas formais ou informais.
  3. Generalidade: no sentido de que não são nem individuais, mas também não são atributos universais. São gerais porque são coercitivos, têm caráter repetitivo. Existem nas partes porque existem no todo, e não o contrário. É não-universal porque existe durante um certo tempo, em uma determinada época, numa determinada sociedade. Se reflete na maioria dos indivíduos.

Visão da sociedade por Durkheim: as partes formam o todo, mas, na fusão, algo de novo, que não era inerente a nenhuma das partes que compuseram esse todo, surge. É a consciência da coletividade. Ela tem sentimentos e força, peculiaridades que se manifestam de maneira diferente à que aparecem nos indivíduos analisados separadamente. O que está em jogo na vida social são as representações coletivas.

Os fatos sociais nascem dessas representações coletivas: “maneira como a sociedade percebe a si mesma e ao mundo que a rodeia, através de suas lendas, mitos e crenças religiosas”.

Para Durkheim, a sociedade ideal está dentro da sociedade real. Ele defende que a sociedade não é uma soma de indivíduos, justamente pelo surgimento de uma característica nova: a consciência coletiva. A sociedade é um ente superior que antecede o indivíduo.

A moral é um assunto muito importante na teoria positivista. A evolução é espiritual também, não apenas intelectual e material; os próprios indivíduos percebem a necessidade da coerção à medida que recebem os elementos dessa evolução.

Próxima aula: divisão do trabalho e surgimento das sociedades modernas capitalistas. Ler texto 12.