Efeitos da inflação
A distribuição de renda nos dá uma idéia de como o salário é distribuído entre as pessoas da sociedade. Uma parcela considerável da população fica com uma baixa renda, enquanto uma pequena parcela dessa mesma população detém uma renda elevada. Existem países, europeus em particular, que possuem uma distribuição de renda relativamente justa, enquanto outros países ainda têm grandes distorções no que tange à partilha do dinheiro. Os países desenvolvidos possuem uma divisão de renda igualitária, enquanto há, nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, uma renda mal distribuída. A inflação afeta a distribuição de renda pois faz com que o dinheiro/salário passe a valer menos do que ele valia num período anterior.
A inflação piora a distribuição
de renda através das perdas causadas aos grupos de renda fixa.
Balanço de pagamentos (importação e exportação)
Uma inflação forte no país faz com que os produtos dele fiquem mais caros. A inflação faz com que as exportações fiquem mais caras, enquanto as importações não necessariamente. Com isso temos uma balança comercial negativa, tornando o balanço de pagamentos do país deficitário.
A inflação provoca déficits na balança
comercial, prejudicando as exportações e forçando a elevação das importações, o
que resulta em um saldo da balança de pagamentos deficitário.
A inflação tira o poder de
consumo dos cidadãos. Com menos consumo, também há menos movimento no mercado,
e os impostos embutidos que seriam arrecadados também acabam sendo reduzidos, especialmente
o ICMS. ¹
Imaginem que planejamos comprar
um carro ou fazer uma viagem. Fazemos um planejamento do gasto juntando o nosso
dinheiro. Se não houver inflação durante o tempo em que o dinheiro for guardado,
nada deve dar errado. Mas, caso haja inflação, não conseguiremos planejar com
precisão; ela afetará muito as expectativas dos indivíduos, dos comerciantes,
do empresariado, que ficarão em uma atmosfera de imprevisibilidade. Houve uma
época no Brasil em que a inflação estava tão alta que o comércio era muito
difícil de se praticar, já que havia financiamento pequeno com taxas altíssimas;
isso motivou o surgimento do consórcio. Até certo ponto eles deram certo, mas a
inflação continuava tão alta que o preço deles também subiu demasiadamente, e
se tornaram impraticáveis.